Nerdnesday: Jogadores apelões… uma praga?


Quem já jogou qualquer tipo de RPG sabe do que eu to falando, no RPG de mesa nós chamamos eles de Advogados de Regras, ou chulamente de Jogadores Apelões, enquanto que nos RPG online são conhecido como Power Players, baseado no estilo de jogo deles em que poder pessoal é mais importante que qualquer coisa, entrando em conflito com uma das maiores diversões, em minha opinião claro, que é a de interpretar seu personagem e agir de acordo, ou no caso de RPG online criar seu personagem de acordo com a linha mais agradável para o jogador. Mas após algumas fuçadas nos fórums de discussão da Wizards, (empresa dona dos direitos de Dungeons & Dragons) os jogadores apelões são uma extrema maioria, mas e como fazer que eles atrapalhem a nossa diversão na mesa? Ou melhor, como eles podem atrapalhar a diversão na mesa? Bom, outro dia um amigo me comentou de gafes do grupo dele que aparentemente sofre desse problema de excesso de personagens apelões, um dos jogadores jogava com um Druida, pra quem não é familiar eles são o equivalente aos padres dos cultos que adoram a natureza como força criadora e regente do universo, e seu grupo após uma longa viagem acaba entrando num deserto, infelizmente os cavalos não poderiam seguir viagem por ali pois estavam muito cansados e o grupo precisava chegar rápido ao destino deles, eis que a sugestão do druida é “Ah, deixa eles aí e vamos continuar.” DEIXA-LOS NO DESERTO!!!! Será que é muito mais divertido apenas usar suas profissões para ganhar as habilidades dadas pela trilha de aprendizado de cada uma, sem cumprir nenhuma obrigação que vem junto com o pacote? Como um sacerdote da natureza vai continuar recebendo poderes dela se ele destrata todos os seus filhos? Então vai uma sugestão aos mestres que estão lendo isso aqui, nunca esqueça de analisar o comportamento dos personagens, por mais que o jogador apelão queira combinar o máximo de habilidades possíveis através de brechas nas regras do jogo lembre-se que sempre quem dita a regra final é você mestre do jogo, afinal é você quem narra os possíveis acontecimentos do seu mundo. Por mais que seja possível um personagem conseguir através dos meios de regras eu acho extremamente difícil concordar com a construção de um personagem Bárbaro / Mago, afinal um é a antítese do outro, um bárbaro é nada mais que um ser que cresceu em um meio selvagem e normalmente é ignorante, enquanto que um Mago é alguém que através de muito estudo e dedicação conseguiu dominar o extremo do conhecimento do mundo de fantasia, que é o domínio das magias que podem de certa forma alterar a realidade e criar coisas anti-naturais. Por mais que a liberdade seja algo bom num RPG sempre lembre que assim como na vida, o fim justifica os meios e vice-versa. Então eu digo por experiência, jogadores apelões sempre podem ser podados.

Não se preocupe se seu jogador tem uma coleção dessas, apenas use o bom senso

2 pensou em “Nerdnesday: Jogadores apelões… uma praga?

  1. Leandro Araujo  

    Advogado de regras não é apelão, regras existem para serem usadas e equilibrar o jogo.

    Eu sou um advogado de regra, e eu já matei muitos apelões.

    Além do mais, achei o texto uma verdadeira droga, principalmente na parte do Bárbaro/Mago, puta estereótipo, por que não ser um Mago selvagem?

    Apelões são um problema, mas você os xingou mais que criou soluções. Pra falar a verdade… sou mais eles do que mestres que são injustos.

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  2. Cleber Fernandes  

    Apelão não é trapaceiro: apenas utiliza as regras com o intento de se sobressair, seja com meta-jogo ou com powergaming. Eu sou apelão, mas prefiro utilizar estratégias dominantes dentro do concebível; em todo caso, escolho as armas e as táticas mais vantajosas, maximizando os resultados favoráveis com custos minimizados. Um guerreiro com Destreza maior que Força, por exemplo, é muito mais perigoso em combate; alguém mais perigoso é mais temível que um desajeitado mais bruto, sem dúvida alguma, e acertos críticos mais freqüentes são melhores que ficar dependendo de sorte.

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