Se há uma coisa que me irrita, mas irrita mesmo, são os falsos moralistas.
Pior que desses o mundo está cheio.
Quando o Planet Hemp estava fazendo grande sucesso, foram presos por “apologia as drogas”. Porém, não foi visto que, o fato de mandar prender alguém que canta coisas como “legalize já” não é algo que venha a proteger, por exemplo, as crianças contra a maconha. Até porque, existe maconha dentro das escolas, nas esquinas, nas festas, com os amigos.
O fato de terem mandado prender o Planet Hemp foi, na verdade, uma grande chance disperdiçada de debater o tema. Foi aberta uma oportunidade para um dialogo sobre “beneficios/maleficios que a maconha pode causar” e isso poderia muito bem ser debatido no lugar de censurar um direito constituicional sobre a liberdade de expressão que pedia a descriminalização da Maconha. Como se varrendo aquelas palavras para baixo do tapete todas as pessoas estivessem a salvo do contato com esta droga.
Então, estou eu assistindo o jornal da Globo nesta quarta-feira (30/04) e vejo uma notícia que fala sobre a proibição da passeata “Marcha da Maconha”.
É como se estivesse acontecendo novamente.
Eu sequer sabia desta passeata, somente hoje um professor meu comentou na faculdade e vi no jornal. Então procurei me informar. Achei o site da Marcha da Maconha – Brasil2008, e descobri fazer parte de um evento mundial pela legalização da planta.
Quando o Artigo 5° da constituição brasileira diz:
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Isso implica dizer que reivindicar e expor opinião é um direito adquirido de todos os brasileiros e isso existe quando se propõe um movimento pela reflexão sobre a criminalização da Maconha, que acarreta tráfico de drogas, corrupção policial, etc…
Reflexão é diferente de apologia.
O direito a se ter uma opinião foi conseguido as custas de muito sangue derramado durante uma ditadura que durou duas décadas para ele ser simplesmente ignorado por determinação do Ministério Público. Como é possível um orgão governamental dizer que representa toda a população se não estão dispostos a ouvir o que parte desta população a qual eles teoricamente representam tem a dizer?
Por sorte, nem tudo está perdido quando uma juíza nega o pedido de proíbição do ate em São Paulo, porém, na BA, PB, MT e RJ, elas ainda estão proibídas de serem realizadas.
Não, pessoas, esse não é um Post pró-passeata. É apenas um post indignado sobre as privações em um estado de direto como o nosso.
Por sorte, a internet nos permite exibir opinião independente de determinações judiciais.
Pois é verdade que 10 pessoas falando fazem mais barulho que 10 mil caladas!